Ah, como eu desejaria que meus pais tivessem encontrado algo
semelhante durante a minha infância...
Recordo-me de uma das primeiras vezes em que deixei minha
impulsividade se manifestar (pelo menos, é o que me lembro). Eu devia ter por
volta de sete ou oito anos e vivia no centro da cidade, onde meus pais
mantinham uma espécie de loja de conveniência, com uma variedade enorme de
produtos. Muitas horas do meu dia eram passadas ali, exceto quando estava na
escola ou me divertindo com as crianças do bairro. Numa dessas tardes,
apareceram alguns meninos mais velhos com carrinhos de rolimã (um verdadeiro
sucesso no final dos anos 80), que haviam confeccionado por conta própria. Como
era de se imaginar, todas as crianças queriam ter um também; algumas pediram
ajuda aos pais, outras se dispuseram a construir os seus próprios, e havia
ainda os que se ofereciam para "dar uma voltinha" com os carrinhos
dos amigos. É claro que eu tentei seguir o método tradicional deles, mas...
Peço só um momento da sua atenção. Agradeço muito pela
generosidade em me apoiar. Caso possa, considere realizar um pix de qualquer
valor para:
CHAVE PIX CELULAR
67984724381 (Marly).
Agradeço imensamente pela parceria!
Contudo, meus pais não me apoiaram. Não era por falta de
recursos financeiros ou pela preocupação de que eu brincasse fora de casa, mas
porque, sendo uma área central, o fluxo de veículos era intenso e havia o risco
de caminhões, já que havia fábricas de arroz nas redondezas. Resumindo: brincar
com um carrinho de rolimã naquele local era bastante arriscado. Para mim,
aquele brinquedo simbolizava uma espécie de "status" para quem
possuía e tinha a chance de se divertir. Essa percepção se intensificou quando
algumas crianças começaram a alugar os carrinhos em troca de dinheiro. Assim,
vi uma oportunidade emergir, mas tinha plena consciência de que meus pais nunca
permitiriam que eu usasse dinheiro para isso. Sem hesitar, tomei a decisão de
pegar um pouco do caixa da conveniência e corri para alugar meu carrinho.
Aquele momento trouxe uma sensação indescritível de um poder ilusório e
aceitação. No dia seguinte, a história se repetiu, e nos dias posteriores
também...
"... Eu comecei a planejar como seria o dia seguinte,
passando horas na sala de aula pensando na melhor maneira de tirar um dinheiro
do caixa dos meus pais para saciar mais uma vez meu desejo. A cada dia, meu
anseio aumentava, e eu me dedicava completamente a isso, sem perceber.
Manipulava as circunstâncias com a astúcia de um psicopata para garantir mais
um dia de "satisfação".
Eu, ainda uma criança, já era um viciado na minha compulsão,
um prisioneiro da minha própria "vontade".
Andar de rolimã já não tinha mais a mesma graça, mas no dia
seguinte lá estava eu novamente.
Quem sabe se alguém tivesse notado isso naquela
época...
...se meus pais soubessem o que se passava na minha
mente...
...certamente você não estaria lendo isso hoje.
É importante destacar que não estou à procura de culpar meus
pais, pois sempre recebi deles exemplos de honestidade, trabalho duro,
superação e amor. Foi graças aos ensinamentos deles, que tinham um caráter
admirável, que hoje eu consigo escrever. Mas a verdade é que eu já lutava
contra um vício."
Por favor, considere ajudar com um pix de qualquer valor
para:
CHAVE PIX CELULAR
67984724381 (Marly)
No próximo artigo vou dar outros exemplos de convulsividade
que tive antes de conhecer as drogas.
Fiquem com Deus!!
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