11 fevereiro 2025

AINDA CRIANÇA, JÁ DAVA COMO CERTO QUE SERIA UM ADICTO.

    Ah, como eu desejaria que meus pais tivessem encontrado algo semelhante durante a minha infância... 

    Recordo-me de uma das primeiras vezes em que deixei minha impulsividade se manifestar (pelo menos, é o que me lembro). Eu devia ter por volta de sete ou oito anos e vivia no centro da cidade, onde meus pais mantinham uma espécie de loja de conveniência, com uma variedade enorme de produtos. Muitas horas do meu dia eram passadas ali, exceto quando estava na escola ou me divertindo com as crianças do bairro. Numa dessas tardes, apareceram alguns meninos mais velhos com carrinhos de rolimã (um verdadeiro sucesso no final dos anos 80), que haviam confeccionado por conta própria. Como era de se imaginar, todas as crianças queriam ter um também; algumas pediram ajuda aos pais, outras se dispuseram a construir os seus próprios, e havia ainda os que se ofereciam para "dar uma voltinha" com os carrinhos dos amigos. É claro que eu tentei seguir o método tradicional deles, mas... 

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    Contudo, meus pais não me apoiaram. Não era por falta de recursos financeiros ou pela preocupação de que eu brincasse fora de casa, mas porque, sendo uma área central, o fluxo de veículos era intenso e havia o risco de caminhões, já que havia fábricas de arroz nas redondezas. Resumindo: brincar com um carrinho de rolimã naquele local era bastante arriscado. Para mim, aquele brinquedo simbolizava uma espécie de "status" para quem possuía e tinha a chance de se divertir. Essa percepção se intensificou quando algumas crianças começaram a alugar os carrinhos em troca de dinheiro. Assim, vi uma oportunidade emergir, mas tinha plena consciência de que meus pais nunca permitiriam que eu usasse dinheiro para isso. Sem hesitar, tomei a decisão de pegar um pouco do caixa da conveniência e corri para alugar meu carrinho. Aquele momento trouxe uma sensação indescritível de um poder ilusório e aceitação. No dia seguinte, a história se repetiu, e nos dias posteriores também...

"... Eu comecei a planejar como seria o dia seguinte, passando horas na sala de aula pensando na melhor maneira de tirar um dinheiro do caixa dos meus pais para saciar mais uma vez meu desejo. A cada dia, meu anseio aumentava, e eu me dedicava completamente a isso, sem perceber. Manipulava as circunstâncias com a astúcia de um psicopata para garantir mais um dia de "satisfação". 

    Eu, ainda uma criança, já era um viciado na minha compulsão, um prisioneiro da minha própria "vontade". 

    Andar de rolimã já não tinha mais a mesma graça, mas no dia seguinte lá estava eu novamente. 

    Quem sabe se alguém tivesse notado isso naquela época... 

...se meus pais soubessem o que se passava na minha mente... 

...certamente você não estaria lendo isso hoje. 

    É importante destacar que não estou à procura de culpar meus pais, pois sempre recebi deles exemplos de honestidade, trabalho duro, superação e amor. Foi graças aos ensinamentos deles, que tinham um caráter admirável, que hoje eu consigo escrever. Mas a verdade é que eu já lutava contra um vício."

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    No próximo artigo vou dar outros exemplos de convulsividade que tive antes de conhecer as drogas.

Fiquem com Deus!!