Desespero faz mãe acorrentar filho



Uma mãe acorrentou seu filho de apenas 15 anos, em Araraquara, após descobrir que ele é dependente de Crack. A descoberta tinha ocorrido 4 meses antes da ação, mas a mãe achava que o jovem era usuário só de maconha até que um dia o filho furtou uma bicicleta e chegou em casa sob o efeito da droga e contou que fumava até 20 pedras de crack por dia. A mãe, então, tomou a atitude que, segundo ela era para evitar coisas piores, como a morte do filho.
 
Após 24 horas preso em uma corrente de quase 10 metros, uma irmã da mãe do garoto avisou ao conselho tutelar que libertou o garoto e o encaminhou ao pronto socorro. Em crise de abstinência o adolescente foi internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos da região.
 
Essa situação mostra as medidas extremas que a família toma em circunstâncias em que não tem mais controle sobre as ações do parente dependente químico. Situações como estas acontecem dentro de muitas famílias. A Dra. Claudia Soares, diretora do Grupo Viva, conta que isso é mais comum do que se pensa. “O pai de uma das nossas pacientes da unidade feminina é policial e chegou ao ponto de algemá-la”, comenta a doutora.
 
As drogas têm o poder de destruir lares e relacionamento como foi o caso de Henrique Misfeldt que já sofreu isso na pele quando sua irmã o trancou em um cômodo de sua casa para evitar que ele bebesse e se recuperou após tratamento. “Eu agradeço minha irmã, pois quando ela me prendeu foi o momento em que a `ficha caiu´ e eu resolvi procurar um tratamento”, comenta Henrique que, hoje, é um dos sócios do Grupo Viva e diretor de uma clínica de recuperação para dependência química em Vargem Grande Paulista. Essa vivência do problema serviu como know-how para desenvolver o trabalho que já executa há mais de 17 anos.
 
Situações extremas como a de prender, acorrentar o parente é desgastante e degradante e, em muitos casos, é justificável pelo fato da família estar tentando evitar um acontecimento pior, como a morte ou a prisão do dependente químico, porém para esses casos existem tratamentos e dentre eles podemos destacar o Tratamento Involuntário que é oferecido para pacientes, de ambos os sexos, que precisam do tratamento, mas não concordam com a internação. Esse tipo de tratamento conta com uma equipe especializada na remoção dos pacientes com técnicas de abordagem próprias para cada situação, além de acatar os trâmites legais, informando ao ministério publico, sendo ético e respeitando sempre o ser humano.

Comentários

Anônimo disse…
Olá Emerson... nossa eu vi essa reportagem na Tv; eu não tiro a razão e muito menos subestimo os sentimentos dela, visto que o filho na adicção torna-se extremamente perigoso para a sociedade, familiares e com a propria vida. Olha a situação do nosso Brasil????? Precisamos de uma politica publica voltada para o dependente,urgentemente e tb upgrade na Saude Mental e Psiquiatria... DrºLaranjeiras que sabe o quanto luta por isso, quem sabe nesse nosso novo governo teremos algo diferente pela frente?????
Forte abraço!!!
B & C