O papel da família no tratamento

O objetivo de qualquer tratamento de dependência química é auxiliar as pessoas a transformarem sua relação com as drogas, promover o bem estar físico, psicológico e social do paciente, e promover no decorrer do tratamento a abstinência. A participação da família do dependente no processo terapêutico pode ser por meio de psicoterapia ou de orientação familiar.
 
Sessões de orientação e aconselhamento são mais indicadas quando o uso de drogas ainda está em fase inicial ou durante o tratamento para dar informações gerais e necessárias sobre drogas e uso das mesmas.
 
Abordagens familiares são consideradas importantes para o sucesso do tratamento, pois pode haver reciprocidade entre o funcionamento familiar e o uso de substâncias. Muitas vezes o dependente químico torna-se o bode expiatório no qual a família pode depositar e responsabilizar alguém por todos os seus problemas e conflitos. Nestes casos, a família está doente e precisa haver uma intervenção terapêutica para modificar as relações familiares.
 
Para que o dependente mude é preciso que a família se transforme também. O que ocorre com o dependente afeta toda a família e vice versa. Assim, o ponto crucial da terapia familiar é a identificação dos assuntos ou processos familiares que promovem ou facilitam o abuso de substância.
 
Para isso, o terapeuta busca esclarecer e promover mudanças na dinâmica familiar, tais como: redefinição de papéis, identificação de regras implícitas e explícitas que influenciam o comportamento dos membros da família; definição e reforço dos limites entre os membros da família; etc.
 
Fonte: Einstein Álcool e Drogas

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